quarta-feira, 28 de novembro de 2007

a felicidade

"Não esqueça: a felicidade é um SENTIMENTO SIMPLES. você pode encontrá-la ..... e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade." Mário Quintana

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Asfalto Ecológico

O surgimento dos pneus de borracha fez com que fossem substituídas as rodas de madeira e ferro, usadas em carroças e carruagens desde os primórdios da História. Esse grande avanço foi possível quando o norte-americano Charles Goodyear inventou o pneu ao descobrir, o processo de vulcanização da borracha quando deixou o produto, misturado com enxofre, cair no fogão. Mal sabia ele que sua invenção revolucionaria o mundo. Entre as suas potencialidades industriais, além de ser mais resistente e durável, a borracha absorve melhor o impacto das rodas com o solo, o que tornou o transporte muito mais prático e confortável.
Porém, juntamente com a revolução no setor dos transportes, a utilização dos pneus de borracha trouxe consigo a problemática do impacto ambiental, uma vez que a maior parte dos pneus descartados está abandonada em locais inadequados, causando grandes transtornos para a saúde e a qualidade de vidas humanas.
Segundo organizações internacionais, a produção de pneus novos está estimada em cerca de dois milhões por dia em todo o mundo. Já o descarte de pneus velhos chega a atingir, anualmente, a marca de quase 800 milhões de unidades. Só no Brasil são produzidos cerca de 40 milhões de pneus por ano e quase metade dessa produção é descartada nesse período.
Somente dois das centenas de milhares de quilômetros asfaltados de nossas rodovias são diferentes dos outros: são ecológicos, feitos a partir de pneus reciclados. Esse é o mote para comentar um dos grandes problemas ambientais modernos - a reutilização de pneus e câmaras de ares velhos.
Só 10% dos pneus fabricados no Brasil são reaproveitados. O Conama quer impedir que os pneus continuem sendo os vilões do meio ambiente no país.
Reduzir, reciclar, reutilizar. O Brasil não conjuga esses verbos como deveria. Esses três "erres" são alguns dos preceitos básicos definidos pela Agenda 21 para se alcançar o desenvolvimento sustentável e preservar o meio ambiente. O professor da USP Sabetai Calderoni calcula que desperdiçamos R$ 4,6 bilhões ao ano porque, em vez de reciclar, nossos recursos vão parar no lixo e ponto final.
Estamos entre os campeões mundiais na reciclagem de latinhas de alumínio, mas o mesmo não ocorre com o vidro, o plástico, o ferro e, em especial, os pneus que produzimos. Eles são os vilões da reciclagem no país: só 10% dos nossos pneus são reaproveitados. Para piorar, grande parte dessa borracha é exportada e somente no exterior vira sola de sapato ou é usada na fabricação de asfalto.
A resolução 258 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) determina que, a partir de 1.o de janeiro de 2002, de cada quatro pneus novos, fabricados no país ou importados, um terá que ser reciclado. Para vencer o déficit acumulado durante anos a fio em que pneus eram simplesmente jogados em lixões, a medida é progressiva. Já em 2005, para cada quatro pneus, os fabricantes e importadores deverão dar um destino ambientalmente correto, como a reciclagem, a cinco pneus.
Em uma experiência inédita no país, uma rodovia está sendo pavimentada com asfalto ecológico - informa a Agência Brasil. O trecho da BR 116 que passa por Guaíba/RS, entre os quilômetros 318 e 320, empregará um novo produto, feito à base de pneus velhos. Para cada quilômetro, 700 pneus serão derretidos e adicionados a uma mistura asfáltica.
De acordo com a equipe responsável pelo projeto, formada por cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), esse material é mais seguro e resistente. Por se adaptar melhor às variações climáticas e absorver melhor o peso dos veículos, ele dura mais e exige menos reparos. Como tem borracha em sua composição, garante melhor aderência em pista molhada.

Produção de pauta para trocar com colega - Reportagem em profundidade

Pauta
Asunto: Blogs - Os novos campeões de audiência
Local: UDC, colegas e Internet
Fontes: Usar a internet e colegas na faculdade como fonte de pesquisa, e até os próprios blogs
Repórter: Gilberto Nóbili
Pauteira: Katya Santos
Informações Complementares: Vamos fazer uma matéria sobre o mundo da internet, mais precisamente o mundo dos blogs, mostrar como os diários da internet estão revolucionando a política, os negócios, a carreira, a cultura e as relações pessoais. A gente pode fazer uma relação sobre a era dos meios de comunicação, a vez do rádio, da tv e agora da internet. O século passado pode ser, sem exagero, chamado de Era do Rádio e da TV. E o século XXI? Muitos dizem que será a Era da Internet. Em vez de um meio de comunicação de massa, com um transmissor central para milhões de ouvintes ou telespectadores, a rede mundial promete ser um meio de que todos possam participar, onde todos possam publicar e gerar conteúdo.
Promete ser um meio de comunicação não apenas de massa, mas construído pela massa - os internautas. O que começa a tornar essa promessa realidade são os diários virtuais conhecidos como blogs: Um espaço onde elas podem declarar quem são, o que querem e o que pensam.
Mas, afinal, o que é um blog? A definição clássica diz que é um diário mantido por qualquer um na internet.
A palavra parece ter surgido pela primeira vez em 1997, quando o internauta John Barger chamou seu diário pessoal na rede de "weblog", algo como "registro na web".
Em 1999, outro navegante resolveu fazer uma brincadeira. Quebrou o termo em dois, para gerar o trocadilho "we blog", ou "nós 'blogamos'". Aí a palavra "blog" pegou. Tornou-se sinônimo de qualquer diário ou registro mantido na internet. Você vai lá, escreve um texto, publica uma foto, um filme, põe links para o que mais julgar interessante na rede e pronto.
Tradicionalmente, os diários eram escritos em pequenos cadernos por quem queria manter as coisas em segredo. Pois na internet eles se transformaram em manifestações públicas e coletivas. Um faz referência ao outro. Um comenta o outro. Um se inspira no outro. E essa multidão de blogs que se entrecruzam e se relacionam ficou conhecida como blogosfera.
O número de blogs em todos os idiomas é hoje 60 vezes maior do que era há três anos e já ultrapassou a marca de 40 milhões de páginas. De acordo com o site Technorati, que cataloga e faz buscas em blogs no mundo inteiro, são criados 75 mil blogs por dia. Isso dá uma média de um novo blog por segundo. Há um blog para cada 25 pessoas on-line
No Brasil, dos quase 20 milhões de internautas, estima-se que algo como 25% vasculhem blogs todo dia em busca de informação ou entretenimento.
De posse de todas essas informações, vamos fazer uma matéria principal sobre a nova audiência, a nova era dos blogs, aí vamos fazer um box sobre O QUE É UM BLOG, e algumas retrancas na matéria, sobre NÚMEROS DE BLOGS CRIADOS, BLOGS NOVOS A CADA DIA, A HISTÓRIA DA CRIAÇÃO DO BLOG, etc

Blogosfera e jornalismo no Brasil - Márcios Palacios

De acordo com o texto os blogs jornalísticos são utilizados em 86% dos 100 maiores jornais norte- americanos na internet,o fenomeno é o novo padrão na midiasfera mundial, que até pouco tempo e ainda em algumas empresas é proibida a utilização dos blogs, grandes jornalistas ligados a grande redes noticiosas foram ameaçados ou o blog ou o emprego, mesmo que muitas empresas optam pela utilização dessa ferramenta, hj a convivência entre a blogosfera e a mídia comercial continua sendo marcada por tensões e mútua desconfiança, por outro lado muitos jornalistas optam em trabalhar com informações em blogs e se destacam por isso, pois ele tem um elemento constitutivo fundamental de informação, os links, para a construção de comunidades de informações.
A blogosfera tem sido um mídia destaque principalmente pela agilidade, atualização continua e a possibilidade de inserção de comentários de leitores.

Umberto Eco

Hermes suposto inventor da escrita, apresentou ao faraó thamus, a sua inveção e foi elogiado, porque a escrita ajudaria a lembrar o que poderíamos esquecer, mas farao não estava muito satisfeito porque a memória é o maior dom que precisa ser mantido em treinamento constante, com a invenção as pessoas não iam se lembrar por esforço interno e sim pro causa de um dispositivo externo, a escrita. No inicio para faraó a escrita era perigosa porque diminuía o poder da mente, mas o texto é irônico porque platão apresentou por escrito esse argumento contra a escrita. Hoje os livros não são formas de substituir o nosso pensamento, são uma maquina para nos pensarmos mais ainda ainda. Os livros desafiam e melhoram a memória. Foi através da escrita que as obras primas foram reconhecidas.
Mais tarde chega surge o computador clássico que era como um livro ideal para ler sobro o mundo na forma de palavras e paginas, mas para usar essa nova geração a pessoa tinha que ser capaz de escrever e ler.
Mesmos após a invenção da imprensa os livros nunca foram as únicas formas de informação , tinha pintura, imagens imprensa mas o livro foi a melhor forma de informação cientifica, para registrar noticias de eventos históricos, a única forma de aprender uma língua estrangeira sem viajar para outro país era estudando em livros.
Hoje com a difusão de novas mídias uma criança aprende muito mais rápido com muito mais conteúdo.
O texto fala de um ponto importante,os cidadãos estão divididos em pelo menos duas classes, os que são influenciados pela mídia, não tem poder de escolha porque acreditam e colocam como verdade as imagens e informações pré editadas transmitidas pela mídia em geral, e os que sabem usufruir de maneira correta a internet,porque quem sabe trabalhar com a tecnologia sabe também escolher e elaborar as melhores informações, essa divisão cultural em desde a invenção da escrita.
o livro e o computador cada um tem seus aspectos positivos e negativos ler um livro pode ser confortável depois de ficar horas e horas em frente ao computador que também prejudica os olhos, mas no computador uma informação pode ser trocada instantaneamente, mesmo com os benefícios e diferenças, ambos continuaram indispensáveis para melhorar o poder da mente e da informação. Uma suposição, caso os computadores façam os livros desaparecerem, isso não significa que o material impresso vá desaparecer também, o computador cria novos modos de difusão e produção impressa.Um dos problemas reais de uma comunidade eletrônica é a solidão,porque mesmo que o novo cidadão dessa comunidade é livre para inventar novos textos, cancelara noção tradicional da autoria,, deletar divisões tradicionais entre autor e leitor, o risco é que estando em contato com o mundo em uma rede o pode ser triste e solitário.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

JORNALISMO X ANTROPOLOGIA

O antopólogo em principio desfruta de grande liberdade de escolha. Seu objeto de pesquisa é definido a partir de interesses intelectuais seus, além de aspectos práticos como a possibilidade de realização, dificuldades, prazos, acesso ao grupo e outros detalhes. O jornalista, e aqui me detenho principalmente na função de repórter que considero paradigmática da profissão, não tem essa liberdade de opção. A decisão pela apuração e redação da matéria não é sua. Ela parte do chefe de reportagem e do editor da editoria onde trabalha, após a leitura da pauta. A cobertura feita pelo repórter é em certa medida alheia a sua vontade. Ela depende até de sua escala de horários. Isabel Travancas, 2002



JORNALISMO X ANTROPOLOGIA: A POSSIBILIDADE DE ESCOLHA DOS TEMAS

A liberdade de escolha do tema a ser trabalhado, depende sem dúvidas muito mais da vontade do antropólogo, do que de qualquer outro fator, Ele tem a possibilidade de escolher um tema por afinidade, por acreditar que seja mais viável, enfim, vários motivos podem levar um antropólogo a escolher o tema a ser trabalhado, uma vez que ele vai escolher um tema para ser desenvolvido por ele mesmo, o que lhe permite planejar o tempo que isso levará, quanta pesquisa demandará, e tudo mais.
Por outro lado, o jornalista apesar de também ter um trabalho de pesquisa que procura ouvir todos os lados envolvidos na questão, não tem tal liberdade na escolha do tema. Ele depende das pautas, da liberação da chefia para desenvolver suas matérias. O jornalista tem um tempo muito mais restrito, o que faz com que ele não possa se aprofundar tanto nos temas. E a agilidade, a factualidade para o jornal são muito importantes. O jornalista na função de repórter precisa, até certo ponto, respeitar e seguir as pautas pré-determinadas pelo pauteiro, e muitas vezes, depois do texto pronto, o editor acaba por mexer no trabalho do repórter, alterando palavras, frases, aumentando e na maioria das vezes até diminuindo o texto feito por ele.
É claro que um repórter vinculado a uma instituição não poderá sempre definir o assunto que irá tratar até porque ele precisa seguir a linha editorial da empresa, respeitar os interesses do veículo, e isso muitas vezes significa se submeter a executar matérias com as quais você não tem a menor afinidade e se pudesse optar não as faria, porém há casos em que não se é possível escolher. Por outro lado, as redações estão cada vez mais secas e com menos profissionais acumulando funções. O que se quer, cada vez mais, são profissionais capazes de desenvolver duas ou três funções simultâneas na redação. Nos impressos, por exemplo, e nos programas de variedades, os repórteres são seus próprios pauteiros, ou seja, eles mesmos escolhem o tema que irão executar, e isso esta cada vez mais comum. É claro, que mesmo os jornalistas que trabalham em seus próprios veículos, embora estejam livres para escolher seus temas e a forma como trata-los, estão presos a tal audiência.
Independente de qual seja o veículo, e quem seja seu proprietário, todos os meios de comunicação precisam se preocupar com ela. Os temas abordados precisam gerar audiência, e é em nome dessa tal audiência que muitos repórteres não podem escolher seus temas, pois o assunto a ser tratado precisa ser algo de interesse geral da comunidade e não de interesse particular do jornalista.
Da mesma forma vejo o antropólogo, porem com tempo e a pesquisa a seu favor. E também o fato de seu trabalho ser mais focado, mais aprofundado e mais completo do que uma reportagem jornalística, que precisa atender os anseios de seus espectadores aqui e agora, no imediatismo de um veículo informativo.
Vejo o antropólogo também preso a uma tal “audiência”, apesar de diferente, de uma forma mais light, mais ele também precisa dar respostas a anseios e questões que interessam a sociedade, temas que embora não sejam factuais, precisam ser atuais e, ou pelo menos ligados a situações atuais, ou que trarão respostas pra a atualidade, questões de interesse geral do público.
Pensando por esse lado, tanto o antropólogo, quanto o jornalista tem restrições na hora da escolha do tema. A diferença e a vantagem do antropólogo é que ele pode ter o prazer de desenvolver a idéia, amadurecer o raciocínio e só depois resolver realmente executar aquele assunto, estipulando os prazos que ele achar necessário para tal pesquisa. Já o jornalista, quando na função de repórter/pauteiro precisa medir todas as variáveis em questão de segundos e sair o mais rápido possível para executar a pauta. E ainda na maioria dos casos, pelo menos nas televisões, a pauta e a figura do pauteiro ainda são elementos indispensáveis, então nesses casos, o repórter sequer tem a possibilidade de escolher o tema, mesmo que num breve momento. Ao contrário, quando ele chega na redação as entrevistas já estão marcadas e o direcionamento para a matéria dele escrita na pauta, da maneira que o pauteiro acredita ser a melhor forma possível, para o tempo que se tem.

Biografia – Exceção

Zé do Pé, exemplo de força e superação

O nome dele é José Carlos de Oliveira, com 44 anos de idade e 25 de profissão. Você já deve tê-lo visto por aí. Todos os dias das oito e meia da manhã às seis da tarde, ele trabalha em seu cantinho na Avenida Brasil, dividindo sonhos e esperanças com seus clientes.
Zé do pé, como ele é conhecido, já se candidatou duas vezes a vereador. Ele é uma exceção. Ele nasceu com uma deficiência que o impede de movimentar os braços, que são imóveis e jogados ao longo do corpo. Zé conta que sua mãe tomou um remédio para pressão arterial quando estava grávida dele, e esse foi o seu pecado. José Carlos, o terceiro filho de uma família de 7 irmãos é o único que tem o problema, e depende da mãe para as tarefas mais simples como tomar banho e se alimentar. Ele conta que quando está no ambiente do trabalho, os colegas o ajudam a comer. Mais as dificuldades param por aí, Zé, como é chamado por todos, não se lamenta de nada e diz que não se sente diferente de ninguém, “pra mim eu sou igual os outros”, diz ele quando lhe pergunto as dificuldades do dia-a-dia.
A deficiência que ele traz desde o nascimento não o impediu de ganhar a vida, o seu trabalho é um exemplo de superação. Zé faz jogo do bicho em frente a uma lotérica da cidade, e para realizar seu trabalho ele usa os pés. Isso mesmo, a habilidade é tão grande que surpreende a todos. Zé conta que muitos turistas apostam no bicho só para vê-lo escrever com os pés.
Tudo, desde o preenchimento do cartão, o destacamento do canhoto, a mudança dos carbonos de posição, a entrega de resultados aos clientes e até o recebimento e o troco são feitos com os pés.
Como cenário a parede externa de uma casa lotérica, no chão uma pequena mesa sem pernas, simplesmente uma caixa de troco, a mesma que serve para muitas pessoas como apoio para as mãos, para Zé serve como apoio para os pés, e tudo fica disponibilizado em cima deste pedaço de madeira ao alcance dos pés. E assim Zé passa o dia todo, sentado em uma cadeira com um chinelo nos pés sempre esperando o próximo cliente para preencher mais um cartão e demonstrar superação.
Para quem vive reclamando da vida, Zé do Pé é um exemplo de determinação e coragem. Ele diz que se sente um vitorioso, não se sente constrangido e nem discriminado pelas pessoas, pelo contrário afirma que adora trabalhar com o público. E não se sente um deficiente, “os meus pés são mesma coisa que as mãos”.
Embora se sinta muito realizado com sua profissão, o bicheiro, que mora com mãe e diz que ainda não encontrou a pessoa certa, quer ser vereador, e diz que vai se candidatar pela terceira vez no próximo ano, na última vez em que se candidatou Zé fez mil e quatrocentos votos, ele espera pelo menos dois mil votos para poder se candidatar.
O menino que começou a andar com quase oito anos de idade, por falta de equilíbrio no corpo, terminou o segundo grau e espera a vaga de vereador para cursar faculdade e ajudar os deficientes, “quero mostrar que os deficientes também podem fazer muitas coisas, muitas vezes até melhor que pessoas normais”, desabafa ele ao falar do trabalho dele na câmara de vereadores se eleito, e da ajuda que pretende dar a pessoas com necessidades especiais.