quarta-feira, 26 de setembro de 2007

JORNALISMO X ANTROPOLOGIA

O antopólogo em principio desfruta de grande liberdade de escolha. Seu objeto de pesquisa é definido a partir de interesses intelectuais seus, além de aspectos práticos como a possibilidade de realização, dificuldades, prazos, acesso ao grupo e outros detalhes. O jornalista, e aqui me detenho principalmente na função de repórter que considero paradigmática da profissão, não tem essa liberdade de opção. A decisão pela apuração e redação da matéria não é sua. Ela parte do chefe de reportagem e do editor da editoria onde trabalha, após a leitura da pauta. A cobertura feita pelo repórter é em certa medida alheia a sua vontade. Ela depende até de sua escala de horários. Isabel Travancas, 2002



JORNALISMO X ANTROPOLOGIA: A POSSIBILIDADE DE ESCOLHA DOS TEMAS

A liberdade de escolha do tema a ser trabalhado, depende sem dúvidas muito mais da vontade do antropólogo, do que de qualquer outro fator, Ele tem a possibilidade de escolher um tema por afinidade, por acreditar que seja mais viável, enfim, vários motivos podem levar um antropólogo a escolher o tema a ser trabalhado, uma vez que ele vai escolher um tema para ser desenvolvido por ele mesmo, o que lhe permite planejar o tempo que isso levará, quanta pesquisa demandará, e tudo mais.
Por outro lado, o jornalista apesar de também ter um trabalho de pesquisa que procura ouvir todos os lados envolvidos na questão, não tem tal liberdade na escolha do tema. Ele depende das pautas, da liberação da chefia para desenvolver suas matérias. O jornalista tem um tempo muito mais restrito, o que faz com que ele não possa se aprofundar tanto nos temas. E a agilidade, a factualidade para o jornal são muito importantes. O jornalista na função de repórter precisa, até certo ponto, respeitar e seguir as pautas pré-determinadas pelo pauteiro, e muitas vezes, depois do texto pronto, o editor acaba por mexer no trabalho do repórter, alterando palavras, frases, aumentando e na maioria das vezes até diminuindo o texto feito por ele.
É claro que um repórter vinculado a uma instituição não poderá sempre definir o assunto que irá tratar até porque ele precisa seguir a linha editorial da empresa, respeitar os interesses do veículo, e isso muitas vezes significa se submeter a executar matérias com as quais você não tem a menor afinidade e se pudesse optar não as faria, porém há casos em que não se é possível escolher. Por outro lado, as redações estão cada vez mais secas e com menos profissionais acumulando funções. O que se quer, cada vez mais, são profissionais capazes de desenvolver duas ou três funções simultâneas na redação. Nos impressos, por exemplo, e nos programas de variedades, os repórteres são seus próprios pauteiros, ou seja, eles mesmos escolhem o tema que irão executar, e isso esta cada vez mais comum. É claro, que mesmo os jornalistas que trabalham em seus próprios veículos, embora estejam livres para escolher seus temas e a forma como trata-los, estão presos a tal audiência.
Independente de qual seja o veículo, e quem seja seu proprietário, todos os meios de comunicação precisam se preocupar com ela. Os temas abordados precisam gerar audiência, e é em nome dessa tal audiência que muitos repórteres não podem escolher seus temas, pois o assunto a ser tratado precisa ser algo de interesse geral da comunidade e não de interesse particular do jornalista.
Da mesma forma vejo o antropólogo, porem com tempo e a pesquisa a seu favor. E também o fato de seu trabalho ser mais focado, mais aprofundado e mais completo do que uma reportagem jornalística, que precisa atender os anseios de seus espectadores aqui e agora, no imediatismo de um veículo informativo.
Vejo o antropólogo também preso a uma tal “audiência”, apesar de diferente, de uma forma mais light, mais ele também precisa dar respostas a anseios e questões que interessam a sociedade, temas que embora não sejam factuais, precisam ser atuais e, ou pelo menos ligados a situações atuais, ou que trarão respostas pra a atualidade, questões de interesse geral do público.
Pensando por esse lado, tanto o antropólogo, quanto o jornalista tem restrições na hora da escolha do tema. A diferença e a vantagem do antropólogo é que ele pode ter o prazer de desenvolver a idéia, amadurecer o raciocínio e só depois resolver realmente executar aquele assunto, estipulando os prazos que ele achar necessário para tal pesquisa. Já o jornalista, quando na função de repórter/pauteiro precisa medir todas as variáveis em questão de segundos e sair o mais rápido possível para executar a pauta. E ainda na maioria dos casos, pelo menos nas televisões, a pauta e a figura do pauteiro ainda são elementos indispensáveis, então nesses casos, o repórter sequer tem a possibilidade de escolher o tema, mesmo que num breve momento. Ao contrário, quando ele chega na redação as entrevistas já estão marcadas e o direcionamento para a matéria dele escrita na pauta, da maneira que o pauteiro acredita ser a melhor forma possível, para o tempo que se tem.

Biografia – Exceção

Zé do Pé, exemplo de força e superação

O nome dele é José Carlos de Oliveira, com 44 anos de idade e 25 de profissão. Você já deve tê-lo visto por aí. Todos os dias das oito e meia da manhã às seis da tarde, ele trabalha em seu cantinho na Avenida Brasil, dividindo sonhos e esperanças com seus clientes.
Zé do pé, como ele é conhecido, já se candidatou duas vezes a vereador. Ele é uma exceção. Ele nasceu com uma deficiência que o impede de movimentar os braços, que são imóveis e jogados ao longo do corpo. Zé conta que sua mãe tomou um remédio para pressão arterial quando estava grávida dele, e esse foi o seu pecado. José Carlos, o terceiro filho de uma família de 7 irmãos é o único que tem o problema, e depende da mãe para as tarefas mais simples como tomar banho e se alimentar. Ele conta que quando está no ambiente do trabalho, os colegas o ajudam a comer. Mais as dificuldades param por aí, Zé, como é chamado por todos, não se lamenta de nada e diz que não se sente diferente de ninguém, “pra mim eu sou igual os outros”, diz ele quando lhe pergunto as dificuldades do dia-a-dia.
A deficiência que ele traz desde o nascimento não o impediu de ganhar a vida, o seu trabalho é um exemplo de superação. Zé faz jogo do bicho em frente a uma lotérica da cidade, e para realizar seu trabalho ele usa os pés. Isso mesmo, a habilidade é tão grande que surpreende a todos. Zé conta que muitos turistas apostam no bicho só para vê-lo escrever com os pés.
Tudo, desde o preenchimento do cartão, o destacamento do canhoto, a mudança dos carbonos de posição, a entrega de resultados aos clientes e até o recebimento e o troco são feitos com os pés.
Como cenário a parede externa de uma casa lotérica, no chão uma pequena mesa sem pernas, simplesmente uma caixa de troco, a mesma que serve para muitas pessoas como apoio para as mãos, para Zé serve como apoio para os pés, e tudo fica disponibilizado em cima deste pedaço de madeira ao alcance dos pés. E assim Zé passa o dia todo, sentado em uma cadeira com um chinelo nos pés sempre esperando o próximo cliente para preencher mais um cartão e demonstrar superação.
Para quem vive reclamando da vida, Zé do Pé é um exemplo de determinação e coragem. Ele diz que se sente um vitorioso, não se sente constrangido e nem discriminado pelas pessoas, pelo contrário afirma que adora trabalhar com o público. E não se sente um deficiente, “os meus pés são mesma coisa que as mãos”.
Embora se sinta muito realizado com sua profissão, o bicheiro, que mora com mãe e diz que ainda não encontrou a pessoa certa, quer ser vereador, e diz que vai se candidatar pela terceira vez no próximo ano, na última vez em que se candidatou Zé fez mil e quatrocentos votos, ele espera pelo menos dois mil votos para poder se candidatar.
O menino que começou a andar com quase oito anos de idade, por falta de equilíbrio no corpo, terminou o segundo grau e espera a vaga de vereador para cursar faculdade e ajudar os deficientes, “quero mostrar que os deficientes também podem fazer muitas coisas, muitas vezes até melhor que pessoas normais”, desabafa ele ao falar do trabalho dele na câmara de vereadores se eleito, e da ajuda que pretende dar a pessoas com necessidades especiais.

COMENTÁRIOS 2

SISTEMATIZANDO ALGUNS CONCEITOS SOBRE JORNALISMO NA WEB
Luciana Mielniczuk

O texto de Luciana Mielniczuk, “Sistematizando alguns conceitos sobre jornalismo na web”, é realmente esclarecedor. Sinceramente pensava que todas essas palavras eram sinônimas umas das outras, e com a leitura do texto a gente consegue distinguir uma coisa da outra, apesar de em dados momentos parecer que se esta falando a mesma coisa, porém de formas diferentes.
É importante conhecer os conceitos de webjornalismo, jornalismo online, e até ciberjornalismo, e principalmente nessa era tão voltada para a tecnologia e a internet estarmos por dentro do que isso significa na nossa profissão.

COMENTÁRIO

CONVERGÊNCIAS DAS MÍDIAS

João Rios e Fernanda Correa



Com certeza já estamos na era open media, onde a imprensa mais do que nunca é o quarto poder. E a audiência tem o poder de selecionar suas informações e exigir qualidade, credibilidade e agilidade, em diferentes meios de comunicação e ao mesmo tempo. Informação verdadeira e instantânea.

A maioria das pessoas se informa por vários meios de comunicação durante o dia, muitas vezes dois ou três simultaneamente.
E o “antigo” leitor, não é mais somente leitor, ele é agora ouvinte, internauta, telespectador e muitas vezes emissor da própria notícia. Sim o público é também ativo no processo de comunicação, com elaboração de sites, blogs, inclusive colocando e corrigindo informação em tempo real.
E agora com esse publico multimídia, cada vez mais exigente e preparado, inclusive fazendo parte do processo de interatividade com o próprio veículo, e outras vezes sendo o centro de um veículo, já é possível com os blogs, por exemplo, onde qualquer pessoa pode criar, manter, atualizar e colocar notícias, republicá-las, postar seus comentários, e fazer sua própria audiência.

E como os meios de comunicação vão sobreviver a esse novo mundo, onde ninguém mais se informa por um único veículo, senão por vários ao mesmo tempo?
É óbvio, que os meios de comunicação e as agências de publicidade, terão que bolar pacotes de anúncios que envolvam todos esses meios e também pacotes de assinatura chamativos para que o público possa ter acesso a vários meios de comunicação distintos ao mesmo tempo, para que possa ter notícias em tempo real, a todo o momento, a qualquer momento e em qualquer lugar: “any time, any where”

ANÁLISE DE TRÊS SITES

www.ojornalista.com.br

Site muito interessante, a começar pelo endereço, fácil de lembrar e original. O layout do site é muito interessante, bonito e não é poluído, de visualização gostosa, etc.
O site se engaja em campanhas pelo jornalismo e traz grafismos contra a censura e realmente dá a impressão de ser um site “oficial” de jornalistas, pois na página inicial traz link sobre o conselho federal de jornalismo e também traz link para venda de camisetas de jornalismo.
Para entrar nas notícias tem que se linkar com o endereço, mais embaixo tem um quadro onde as notícias do “último segundo” passam, de forma a ficar mais dinâmico e demonstrar que realmente são as últimas noticias.
Previsão do tempo e pesquisas de opinião também fazem parte do site.
Apesar de não ser um site muito carregado, traz na pagina inicial, as informações básicas e necessárias para quem quer se manter informado em pouco tempo.

www.jornalistasdaweb.com.br

O site jornalistas da web, é muito interessante pois contem vídeos. Com uma cara bem diferente e com um grande número de informações e gráficos na página inicial, ele traz como matérias, algumas notícias também dadas e postadas em outros veículos, ou seja, ele linka outros veículos de comunicação ascendendo novas discussões, de forma que deixa o assunto e até o site em si bem interessante e dinâmico.
Esse site também traz anúncio contra a censura, dando a impressão de ser um site oficial de jornalismo, coisa que o nome também sugere.
Traz as manchetes principais acompanhadas de um resumo do texto e também traz um arquivo multimídia, com vários vídeos.


www.h2foz.com.br

O site h2foz é um site de notícias da cidade, ele tem boa repercussão entre os veículos de comunicação e traz notícias atualizadas todos os dias. O site agora está passando por reformulações no layout, mais é um site “difícil” de navegar, difícil no sentido de não ser prazeroso, é confuso.
Traz sempre a mesma imagem no topo da página inicial, não é organizado de forma que as notícias do dia fiquem mais evidentes. Ao contrário, o que fica no inicio da página é mais a parte turística da cidade, uma vez que o site se define como um Portal de turismo e informações da tríplice fronteira.
Tem a palavra FRONT escrita em letras maiúsculas que se destacam ao passar o mouse em cima delas, porem não levam a nada. É apenas um enfeite.
Ao lado tem um link para a previsão do tempo, mais há somente o link, ao contrário de vários outros sites que trazem já na primeira página a informação de como está o tempo naquele momento, sem que seja necessário mais um click, no h2foz você precisa clicar e aguardar que se abra uma nova página. E isso dificulta a vida do internauta.
Por outro lado as matérias do site são, em geral, muito curtas e não contém links de novas informações para quem quiser se aprofundar no assunto.
Um ponto legal é que o site conta com o serviço de busca, para o leitor encontrar matérias já publicadas.
Contem também uma forma bacana de interação que são as enquêtes. Porém a forma de exposição das mesmas não é tão dinâmica, uma vez que confunde o público, já que se têm três opções para votar, “Sim. Porque?”, “Não. Porque?” e “Indiferente”, porem a primeira vista não se entende onde se pode justificar o motivo da escolha. Mais abaixo tem um botão “Comentários”, mais ele não esta necessariamente ligado a enquête, o que dificulta um pouco a compreensão de onde o público justificaria sua opinião.
E por outro lado, o link para que se possa consultar o resultado da pesquisa não é nada claro, pelo contrário são alguns traços azuis que mais parecem decoração da pesquisa do qualquer outra coisa. Ali se pode ver o resultado da pesquisa em porcentagem, porém as opiniões não estão disponibilizadas.
Porque não colocar as opiniões do público? São opiniões anônimas mesmo.

REPORTAGEM - hiperlinks

O CIGARRO E SUAS CONSEQUÊNCIAS

O Cigarro é desenvolvido através da mistura de tabaco e mais aproximadamente 1.500 substâncias tóxicas, dentre elas 50 são cancerigenas.
A nicotina é a substância responsável pela sensação de prazer, momentânea, provocada pelo cigarro, e é ela também responsável pelo vício.
A cada dia cresce o número de pessoas fumantes e diminui a idade com que se começa a fumar, cada vez mais cedo os jovens estão fumando. Dr. Carlos Peres é especialista em dependência química, ele diz que os jovens começam a fumar para demonstrar poder, força e para não se sentirem excluídos da roda de amigos, “os mais prejudicados são os jovens, eles fumam para fazer parte de um grupo”, afirma o médico que há 25 anos trabalha com dependências químicas.
O cigarro provoca muitos males, entre eles o Câncer em várias partes do corpo, como Câncer de pele, garganta, pulmão e muitos outros. E além de doenças respiratórias, Cardiovasculares, entre tantas outras, as doenças do coração e as do pulmão são as que mais matam por causa do cigarro. O pneumologista Luiz Henrique Zaions cuida de muitos pacientes nesse estágio e muitos em estado terminal, ele conta que 80% dos pacientes com Câncer de pulmão quando descobrem a doença, já não tem mais cura, e explica que enfizema pulmonar é uma doença também muito séria “é muito triste você ver um paciente com enfizema pulmonar, ele vai morrendo aos poucos, porque não consegue respirar”, lamenta o médico, que emenda “o tabaco é a primeira maior causa de morte evitável no mundo, ou seja se não se fumasse, muita gente não morreria”.

AS VÍTIMAS

Basta olhar ao redor para perceber que a cidade, o país o mundo está cheio de vítimas desse terrível mau que é o tabaco. Adélio Souza começou a fumar aos 10 anos de idade. Ele fala da falta de informação da época, “na época era visto com maus olhos numa roda de amigos quem não fumava”. Ele começou a fumar porque o pai fumava e todos os irmãos começaram a fumar, hoje com 60 anos de idade, Adélio já passou por duas cirurgias. Ele teve câncer na garganta e um ano e meio depois Câncer no pulmão. Seu Adélio fala do arrependimento de não ter parado de fumar antes, “eu parei tarde, mais vai saber o que mais poderia ter me acontecido se não tivesse parado”. Há quatro anos sem fumar ele ainda colhe as aguras dos anos que teve como companheiro: o cigarro. E não só na vida dele, o irmão de Adélio teve como causa morte registrada na certidão de óbito: o tabaco.
Seu Adélio é categórico em deixar um conselho: “Jogue hoje mesmo o cigarro no lixo, jogue fora, não deixe pra amanhã. A gente fuma por causa da sensação de prazer, pra ficar numa boa, é eu to numa boa, aqui morrendo em cima duma cama”, desabafa entristecido.
O especialista em dependência química, Carlos Peres também deixa um conselho, “que nunca se coloque o primeiro cigarro na boca, porque depois é muito sofrimento”

FUMANTE PASSIVO

Segundo Carlos Peres, os fumantes passivos são os mais prejudicados, “eles não desfrutam do prazer de fumar e tem que agüentar as arguras provocadas pelo odor do cigarro, pelo desconforto com a fumaça, e ainda colocam sua saúde em risco apenas por conviver em um ambiente com fumantes”, explica o médico.

O cigarro é um grande poluente desencadeador de doenças do trato respiratório, de alergias como renite, asma, asma brônquica e etc, e muito grave nas crianças também, por isso a dica da alergista, Marli Bernardes, é que os pais que ainda não conseguiram largar o cigarro, pelo menos preservem os seus filhos. Evitando fumar perto deles, ou em locais fechados onde eles possam estar também, “que assim que fumem os pais entrem direto para o banheiro tirem a roupa e tome um banho para depois abraçar seu filhos”, aconselha a alergista.


O ARGUILE – A NOVA MODA DOS ADOLESCENTES

A moda agora entre os adolescentes é o Arguile, Herança da riqueza de etnias na nossa cidade, o Arguile é o fumo dos Árabes. Igualmente composto por tabaco e nicotina, o Arguile traz uma essência, que pode ser de menta ou de frutas, ou seja um gosto e um cheiro bom, que dão a impressão de ser um produto completamente inofensivo. Aí é que mora o perigo, segundo Luiz Henrique o Arguile é tão nocivo a saúde quanto o cigarro, “só que com um agravante, o cigarro tem filtro, o Arguile não”, afirma o pneumologista.
Marli Bernardes concorda e acrescenta “todo poluente fumaça é altamente destrutivo para o trato respiratório, e o Arguile também”, explica a alergista.
Gerson de Freitas de 19 anos, começou a fumar aos 16. Ele conta que fumava Arguile nas rodas de amigos só pra ficar na turma, se sentir enturmado. Logo depois começou a fumar cigarros, mais só nos fins de semana e em meio dos amigos. Perguntamos por que ele fuma, ele respondeu: “muitas vezes pra impressionar os amigos, é acho que é pra impressionar os amigos, impressionar as meninas”, diz confuso, demonstrando nem ele mesmo saber o motivo que o levou a fumar.
O jovem que hoje precisa sair de casa no meio da tarde para fumar na casa dos amigos, não quer que o pai saiba do vício, e assume não saber definir se ele está ou não viciado no tabaco.
Carlos Peres diz que muitos jovens estão no mesmo caminho, começam experimentando e acabam viciados sem ter como parar.

DICAS PARA LARGAR O CIGARRO

Bárbara barros é médica Clínica Geral e receita remédios homeopáticos, ela trabalha há oito anos num programa que ajuda pessoas a largarem o vício. A médica dá dicas para quem quer realmente deixar o cigarro:

A primeira coisa é o paciente querer, ele precisa estar decidido a lagar o cigarro, ele pode fazer isso sozinho ou buscar ajuda o que importa é que ele decida.

Os familiares e amigos precisam estar unidos nesse objetivo, e saber que precisam ter paciência, pois um fumante num processo de largar o cigarro tem fortes alterações de humor. É a pior coisa pra um paciente que ta tentando parar de fumar alguem dizer: ‘Você ta muito chato, volta a fumar que a gente não te agüenta mais’, ele ta fazendo todo um esforço e não ta sendo reconhecido;


Sempre em seguida depois das refeições, lave a boca escove os dentes, porque o fumante não tem paladar, e logo depois das refeições ele sente forte vontade de fumar;

Evite as armadilhas, como permanecer em ambientes com pessoas fumantes e ou que te oferecem cigarro. Diga: “Obrigado, eu já estou sem fumar a tantos dias e quero ficar mais alguns sem fumar”, e corte a pessoa, evite esses ambientes.

Pense em como sua respiração está melhorando, em como seu cheiro está melhor, como você consegue sentir o seu perfume, pense apenas nas vantagens de ter largado o cigarro.

Dê de presente pra alguém a sua vitória sobre o cigarro. Isso o ajudará a manter-se firme quando vier a tentação.

Evite coisas muito doces, elas também aguçam a vontade de fumar. Evite também café.

Se possível coma bastante frutas, tome bastante água e mastigue pastilhas de gengibre. Elas ajudam a despistar a vontade.

Compartilhe com amigos a cada dia, cada semana, cada mês, cada ano sem fumar, e se presenteie a cada data. Imagine que você mercê um prêmio por estar conseguindo.

Faça cálculos. Calcule quanto você gastava com cigarros e quanto você está economizando agora. E pegue este dinheiro e se presenteie, e/ou faça planos que ao passar de tantos anos vai pegar o dinheiro que economizou e comprar uma casa, um carro, etc.


Saiba mais - www.inca.gov.br/tabagismo,

Pauta - hiperlinks

20/08/07 - NOVAS MÍDIAS PROF. TONI ANDRÉ KATYA SANTOS – 6º JOR

Pauta: o cigarro e suas conseqüências


Dia 29 de Agosto é o dia nacional de luta contra o fumo, por isso vamos fazer uma reportagem sobre o cigarro e suas conseqüências.
Vamos mostrar do que o cigarro é composto, os maléficos do cigarro, colocar testemunhos de pessoas que usam ou usaram cigarro, como começaram, o porque. A luta para parar, o arrependimento, etc... E também mostrar o outro lado pessoas que são esclarecidas, que sabem o mal que o cigarro faz, porém que querem pagar pra ver.

Vamos produzir alguns links:

Sobre como parar de fumar, formas e dicas para lagar o cigarro

O Arguile – a nova moda dos adolescentes

Fumantes passivos, eles também são prejudicados

E deixar mais um importante link, que é o link do INCA – www.inca.gov.br/tabagismo, que tem todas as informações sobre cigarro, tabaco, riscos, doenças, formas de parar, tratamentos, etc. é o site oficial do governo, que inclusive tem informações, dados oficiais, números, etc

Entrevistados:

Dr. Luiz Henrique Zaions – Pneumologista -

Dra. Bárbara Paes – Clínica Geral Homeopatia – trabalha há 7 anos em um programa ambulatorial que ajuda as pessoas a pararem de fumar

Dr. Carlos Peres –Especialista em dependência química

Gerson – jovem de 19 anos que entrou na moda do arguile e agora fuma cigarro há 3 anos. Acha que não é um viciado e que tem controle da situação e para quando quiser.

Seu Adélio de Souza – Senhor de 60 anos, começou a fumar aos 10 anos de idade, e parou com 54 depois de ter descoberto um câncer na garganta. Operou e correu tudo bem, mais nem dois anos depois ele foi surpreendido por outro câncer, desta vez no pulmão. Se submeteu a outra cirurgia, ficou 40 dias na UTI e quase morreu. O entrevistamos ainda com os curativos e com um dreno que sangrava durante a entrevista. Ele começou a fumar porque na época era bonito e o pai permitia, começou aos dez anos de idade. E se arrepende muito hoje.